domingo, 27 de março de 2011

Capítulo 10: STRIP POKER

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2° Fase
Capítulo 10:
Strip Poker




Edward’s POV




Ariba, ariba! Agora la fiesta está completa! – O narco de lenço na cabeça comemorou. Tentei dissipar a imagem dos sujeitos, que pulavam felizes com meu irmão bisonho.


Me concentrei na Swan que parecia alheia ao que estava acontecendo. A puxei para a cozinha, onde estava menos movimentado, enquanto ela murmurava reclamações. 


– O que deu em você? Porque não me ligou? Porque não nos avisou que estava bem? – Bufei chateado. – Não faz idéia do que passamos por sua causa. Seu pai quase fez toda a polícia italiana te procurar, Alice se sacrificou beijando um segurança gordão, infringimos a lei invadindo a casa da ruivona, Emmett atravessou uma janela, torturamos o pobre Toicinho obrigando-o a quase beijar a psicopata e, por pouco, a galera não vira comida de cachorro. E tudo isso pra que? Pra te encontrar aqui tocando guitarra com aqueles dementes!

Por um segundo, me perguntei onde estariam Jake, Alice e Marius. Será que estão dispersos na multidão e, por isso, não nos encontram? 



– Eu não sabia que vocês estavam me procurando. – Bella puxou meu braço para verificar as horas no relógio de pulso. – Só fazem cinco horas que fui raptada. Quando cheguei aqui, os hermanos me reconheceram ao tirar o capuz da minha cabeça, então começamos a conversar, eles me contaram como foram contratados pela vaca ruiva para me darem um surra, bebi uma dose de tequila pra me acalmar, uma dose levou a outra e, quando dei por mim, já estava rolando a festa. Fiquei empolgada de tocar pra toda essa gente porque eu nunca toquei pra ninguém, acabei por me distrair, foi só.
  

Como ela podia falar aquilo? Eu já não conseguia esconder minha raiva. Quase enlouqueci de preocupação e ela sorria contente? 



– Eu vou ligar pro seu pai avisando que te encontramos e logo vamos para casa. – Falei altivo. 


– Ele se preocupou comigo? – Sussurrou Swan.

– O que? – Perguntei incrédulo. 



– Nada. – Desconversou. 


– Lógico que Carlisle se preocupou, todos se preocuparam! O que te faz achar que não é importante para sua própria família? – Consegui ficar ainda mais irritado. Não entendia o tom agressivo em minha voz. 


– Pensei que você estaria lá soltando fogos junto com sua mãe e irmãos! Afinal, a vida de vocês seria bem mais fácil sem mim por perto. Até a vida de Carlisle seria mais fácil. – A garota alterou também seu tom de voz, enfrentando-me.

Cruzei os braços decidido a não comprar aquela briga.


Tudo que eu queria era levá-la segura para casa e encerrar aquela maldita noite. 


– Eu não vou brigar agora pirralha, não vou. Então não fala idiotices, vamos embora. – Tentei puxá-la pelo braço, mas desvencilhou-se facilmente. 


– Vou ficar na festa. Depois me mando!


– Não mesmo! – Sorri irônico. – Você vai comigo agora! – Cerrei o punho com vontade de socar uma parede. 


– Quero ver você me forçar. – A pentelha me desafiou, cruzando os braços. Fitou-me como se já tivesse ganhado a parada.


Revirei os olhos, determinado a encerrar aquele impasse.

Fui ao seu encontro e, abruptamente a ergui, colocando-a em meu ombro. Bella chacoalhava-se em um misto de surpresa e ira. Os palavrões que saíram de sua boca foram ignorados por mim, enquanto a segurava firme para que não fugisse. 


– EDGAYZINHO, EU VOU TE MATAR, JURO! – Berrou ela, batendo em minhas costas.

– Como se eu já não tivesse ouvido isso antes. – Murmurei, dando-lhe um leve tapa da bunda. Prendi o riso enquanto imaginava a expressão assassina que ela deveria estar fazendo. 


Já caminhava para fora da cozinha, quando o tumulto começou.



– UM PORCO, UM PORCO, CUIDADO COM A GRIPE SUÍNA, CUIDADO COM A GRIPE SUÍNA!  – Aquele grito de pavor anônimo foi o suficiente pra causar uma histeria coletiva desnecessária.


Iniciou o pior alvoroço que já presenciei. Parecia que eu estava andando em círculos, enquanto me puxavam, empurravam, pisavam em meu pé. Era o inferno! 


Eu até podia ouvir os gritos de Alice e Marius, mas não os conseguia ver. Estariam na sala? 


– CADÊ O TOICINHO? CADÊ O TOICINHO? – A voz desesperada do meu irmão vinha de um outro cômodo.

Eu queria matar a criatura que soltou o animal dentro de casa. 



Enquanto colocava Bella no chão, senti mãos invadindo os bolsos traseiros da minha calça. Que merda era aquela? Foi nesse momento que alguém empurrou fortemente a pirralha e isso nos fez ir ao chão. O meu corpo amorteceu a queda dela, mas nossas testas chocaram-se, causando uma forte dor. 


– Aí! – Ao mesmo tempo resmungamos. 


À nossa volta, o pandemônio dispersava-se, mas ainda assim, a abracei com força, temendo que fôssemos pisoteados. 


Swan me encarou, surpresa com minha atitude protetora.

Piscou os olhos rapidamente, do jeitinho que faz quando está atônita. 


– Você está bem? – Perguntei, esfregando minha testa machucada.

– Estou. – Bella respondeu automaticamente. 


Eu não soube como agir quando a ponta de seus dedos delicados tocaram minha testa, não conseguia tirar os olhos de seu rosto, enquanto ela me examinava com cautela. 


– Vai se formar um galo dos grandes. – Swan sussurrou, massageando o local.

Sorri ao ver a expressão preocupada que formava-se em seu rosto. 


– Vou sobreviver. – Respondi, deliciando-me com o suspiro que ela deixou escapar.


Nossos rostos estavam tão próximos, nossos corpos tão colados que me deixei envolver pelo momento e, por alguns segundos, esqueci totalmente de onde estávamos.


 Só tinha olhos para a garota deitada em cima de mim. Os dedos de Bella, que antes tocavam minha testa, agora aproximavam-se cautelosamente de meus lábios, decidi não me mover. Deixei-a decidir o que fazer, mas intimamente torcia para que ela saciasse minha vontade de beijá-la. Quando aproximou ainda mais o rosto do meu, notei que ela não respirava. Não a julguei, pois não era a única. Quando Bella fechou os olhos, soube que seus lábios tão desejáveis seriam mais uma vez meus. 


Nesse exato momento, ouvimos alguém pigarrear. Swan levantou-se tão rápido, que nem me deu chance de protestar. Olhei para o lado e lá estava Jake, de braços cruzados, carrancudo. O amaldiçoei por atrapalhar nosso quase beijo. Levantei-me frustrado e pouco me importando com o que ele pensaria sobre a cena que acabara de ver. 


– Você me parece muito bem. – Jake ironizou. 


– Ah... é... estou, os narcotraficantes não me fizeram mal algum. – A idiota estava nervosa?

Olhei à minha volta, me dando conta de que não havia mais ninguém na cozinha além de nós. A casa estava incrivelmente silenciosa.



TODO MUNDO FOI EMBORA COM MEDO DO TOICINHO?



– BELLA! – Alice berrou, adentrando o cômodo feliz por ver a prima a salvo. Marius a seguiu, com um sorriso safado. Não queria nem imaginar o que aquela bichona tinha aprontado durante o tumulto.



– CADÊ O TOICINHO? CADÊ O TOICINHO? AH MEU DEUS! – Emmett apareceu atordoado com as mãos na cabeça.  – LEVARAM O MEU PORCO! – Ele já estava lacrimejando.



– O QUE? LEVARAM O BICHINHO? – Alice preocupou-se.


Os hermanos, que pareciam bêbados ou drogados demais pra entenderem o que estava acontecendo, riram. 


– Que bichinho? – Perguntou o que usava chapéu de cowboy em uma mistura estranha de nossa língua e espanhol. – Aquele? – Ele apontou para Marius. 


– Estou oficialmente ofendido... mas... HU!... HOHOHOHOHOH. É bichinha, muchacho.  


– Espera, vamos nos concentrar no animal! Quem estava com ele antes da confusão? – Tentei pôr ordem naquela zôrra. 


– O Marius! Ele soltou o Toicinho no meio da sala, mandando ele ir dançar! – Alice se pronunciou, também com voz de choro.

– Sua caboeteira! – Murmurou a bicha em resposta, com um olhar frio e assassino. 


Emmett, irado, partiu pra cima do viadão, na intenção de vingar seu porco: 


– AGORA EU SANGRO ESSE SEM PREGAS!

– AAAAAAHHHHHHH! – Gritou o lunático, vindo se esconder logo atrás de mim!


EU MEREÇO!


Tentei acalmar meu irmão, mas ele estava incontrolável!


A briga chegou a tal ponto, que eu girava no meio dos dois, já ficando tonto, enquanto eles corriam à minha volta. Bem próximo a nós, ouvia as risadas dos colombianos, que sentaram para assistir o espetáculo e ainda acenderam “unzinho”.

Já bem irritado, gritei com os dois briguentos: 



– Ei, chega! Parem com isso! Por que não agem como adultos e vão procurar esse porco, ao invés de ficarem com nesse joguinho infantil?
  

Mal acabei de falar, ouvimos um barulho irritante de panelas. Todos ficamos em silêncio e olhamos para o fogão. 



– Aí,... ratos? – Alice choramingou.

Nos aproximamos para examinar. Afinal, estávamos curiosos, pois o som parecia cada vez mais forte. Se eram ratos, deveriam ser gigantes! Paramos ao notar que uma enorme panela de pressão agitava-se, enquanto outro som podia ser ouvido vindo de dentro dela, mas estava muito abafado para ser entendido. 


A tensão foi crescendo e ninguém tinha coragem de abrir a panela. Foi aí que Emmett reconheceu os grunhidos. 


– Toicinho! – Ele destampou o recipiente e, logo pudemos ver a cara aliviada do leitão que saiu apavorado e foi consolado pelo abraço forte (talvez quase mortal) de seu dono.


– Toicinho, você quase me matou de susto! E olha só pra você, ia virando torresmo naquela panela! – O burro falava isso como se o porco fosse lhe dar alguma explicação!


Marius, vendo que meu irmão não parava de abraçar e beijar seu mascote, não perdeu a oportunidade e provocou: 


– Aí, como eu queria ser uma leitoa! 


Emmett virou-se pra ele, em fúria. 


– Olha aqui seu viado pervertido, a culpa de tudo isso é sua! Você devia ter segurado ele o tempo todo!

O pavão fez uma cara sexy e estendeu os braços.


– Deixa o Toicinho pra lá e vem você pra mim, que eu te seguro direitinho,gostoso! HU!... OHOHOHOHOHOH!

  

Antes que Emmett o matasse, eu (mais uma vez) me coloquei entre ambos e cochichei para meu irmão: 



– Cara, não escuta ele, você já achou seu porco. Não era isso que queria? – Ele continuava com aquela cara de assassino em série, podia jurar que Bella sussurrou algo que não consegui entender. Foi aí que a própria pronunciou-se.


– Pára tudo! Quem colocou o suíno dentro de uma panela? Essa eu quero saber!

  

Ninguém conseguiu responder. Trocamos olhares intrigados. Naquele manicômio, poderia ter sido qualquer um. Então, pra evitar o pior, eu mesmo levei meu mano para a sala, tentando deixá-lo longe de Marius, que pentelhava com aquela risada horrível. 



– HU!... OHOHOHOHOH!


Apalpei os bolsos da minha calça em busca do celular para contatar Carlisle, e, para minha surpresa, eu já nem tinha carteira. Não consegui disfarçar minha expressão de choque.


– Não acredito! Levaram meu celular e carteira na hora do tumulto. – Resmunguei atônito. – Alguém me empresta um celular, preciso ligar pro pai da pirralha antes que ele ache que todos nós morremos.

  

– Eu já estava sem celular. – Bella afirmou com descaso. 



Já os outros começaram a vasculhar seus bolsos, perplexos. Ninguém tinha coragem de verbalizar o óbvio. 


– PUTA MERDA! FOMOS ROUBADOS! – Xinguei, chutando uma lata de cerveja no chão. 


– Como isso é possível? – Jake ainda tentava achar seus pertences.

– Na hora do empurra-empurra, eu senti mesmo que enfiavam as mãos nos meus bolsos. Como eu estava preocupada em não ser pisoteada, nem dei importância. Poxa, levaram tudo! – Alice fez biquinho, choramingando. 


– Como eu estava na gandaia, nem liguei, podia me levar até a roupa que nem ia perceber. – A gazela sarcástica continuava a sorrir.


– Foi um arrastão! Limparam a gente! – Esse foi Emmett, puto da vida.



Madre de Dios, também fomos roubados! No respeitam más um narcotraficante internacional! – Resmungou o colombiano de lenço vermelho.



– Quer saber? Vamos embora. – Black foi o primeiro a sair da casa, chateado.


Ele tinha razão, precisávamos ir embora antes que a noite piorasse. 


– NÃO! DROGA! NÃO! – O grito do meu amigo fez todos nós sairmos da casa, correndo ao seu encontro. – FILHOS DA MÃE, LEVARAM ATÉ MEU CARRO! – O otário socava o ar, irado.

Ri alto, divertindo-me com a cena e Emmett também. 



Bella’s POV




Tive vontade de chutar o EDGAYZINHU por estar rindo.

Será que ele não percebia que sem o carro nós dificilmente sairíamos do bairro? Meu lobo estava mesmo revoltado, queria consolá-lo, mas não sabia como. Perder um Aston Martin devia ser mesmo horrível. 


– E agora? Como vamos embora? – Perguntou a Fofolete preocupada. 

As palavras da minha prima trouxeram os Cullens idiotas de volta a realidade. 



– Ah não. Mais essa agora! – Edward esfregou o rosto. 


– Qual o plano? – Perguntei, fitando-o. 


– Ok, ok! – Ele pareceu esforçar-se para manter a cabeça no lugar. Então, virou-se para encarar os meus seqüestradores. – Vocês tem telefone aí na casa?  


– Claro que no, isto se trata de un cativeiro. Nós somos profesionales.  


Com aquela resposta, eu comecei a me preocupar também. 


– Vamos sair por aí em busca de um táxi, ou um orelhão! –  Marius falou, achando-se mega-inteligente. 


En ese momento? Yo no faria isso. Sabem como se chama este bairro? – O narco de chapéu alisou o bigode, sorridente. – Beco de la bala perdida.
  

– Por quê? – Perguntei ingênua. 



Minha pergunta foi interrompida pelo estampido de tiros, que pareciam vir de todos os lados.

– AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH! – Corri gritando para dentro da casa, sentindo que estava sendo acompanhada pelos outros.



– SE JOGUEM NO CHÃO! – Black nos alertou.


Podia ver todos jogando-se ao solo, enquanto o tiroteio continuava. Eu não sabia o que fazer, até o EDZINHU me puxar para junto de si. 



– AAAHHH, VAMOS TODOS MORRER! – Alice berrou aos prantos, estirada no piso com as mãos na cabeça.

Eu iria repreender minha prima, mas estava tão apavorada quanto ela. 



– QUE DROGA É ESSA? – O Cullen esbravejou pra um dos narco.


– Briga de gangue. Ellos estão só passando pela rua. Logo las cosas se acalmam. – O mais feio respondeu tranquilamente. – Alguém quer la danadita pra relaxar?

  

– NÃO! – Respondemos em uma só voz, zangados.


– Onde está ela? – Emmett perguntou animado.


AH, UMA JAULA PRA ESSE AÍ!



Minutos depois, o tiroteio cessou e agora, todos discutiam na sala um modo de sairmos daquela situação. 



– Vem comigo. – Sussurrou Jake, arrastando-me para a cozinha.

Ele me abraçou e eu quase não consegui reagir de tão surpresa. Com muito esforço, retribuí o ato. 


– Está tudo bem? – Perguntei confusa. 


– Eu que deveria te fazer essa pergunta. – Lá estava seu sorriso perfeito de volta ao seu rosto.


– Estou bem, quer dizer, tudo parece tão louco e surreal. Mas acho que tudo vai voltar ao normal. – Respondi calma.



– Fiquei com medo de ter acontecido algo com você. – Ele retirou uma mecha de cabelo que estava à frente do meu rosto. – Sinto muito por tudo isso, eu sei que a culpa é minha.


– Não se preocupe, não é sua culpa se a vaca... oops, Susan é maluca.

  

– Nunca imaginei que namorar você fosse tão difícil. – Ele aproximou-se, colando seu corpo ao meu. Fiquei nervosa só de imaginar que ele pudesse me beijar. – Sabe, estou cansado de Verona, as coisas não dão muito certo pra mim aqui.



– Entendo. – Não entendia nada, mas não ia bancar a otária.



– Eu ia contar algo a você após o jantar, mas tudo começou a sair do controle desde o incidente com seu pai. – Jake riu irônico. – Na verdade, é mais um convite. Todo ano passo três semanas em Paris, disputando um campeonato amador. Adoraria que você fosse comigo. Gostaria muito de ficar com você longe de Verona, seu pai, das confusões, até mesmo do Edward. Só você e eu. O que você me diz?


Fiquei procurando o chão embaixo dos meus pés. Aquele convite era totalmente inesperado. Pisquei os olhos algumas vezes, tentando encontrar palavras para responder satisfatoriamente, mas não as achava em minha mente. 


Eu não tinha dúvidas de que Carlisle me proibiria até mesmo de pensar na possibilidade de aceitar o convite.

Mas, pouco me lixava para a opinião dele, afinal, ele não pediu a minha quando propôs casamento à mosca morta. Iria fazer das tripas coração pra embarcar com meu lobo na tal viagem, só precisava saber como. Jake me fitava apreensivo, esperando minha resposta. Não tinha nem o que pensar. Paris com Jacob Black? É claro que sim!

– Vou com você! – Afirmei segura. 


– E seus pais?


– Pais no plural? Não, é singular, pai. Quanto à ele não se preocupe, eu dou um jeito. Quando partiremos? – Sorri animada.


– Como já passa, e muito, da meia-noite, hoje à tarde. Eu sei que falta pouco tempo, eu devia tê-la avisado antes. É que fiquei esperando o momento certo para convidá-la, e acabou que o momento nunca surgiu. Por isso, estou te propondo isso assim, em cima da hora.

  

Cocei a cabeça, confusa. Tudo bem, queria viajar com meu lobo, mas faltavam apenas algumas horas, era pouco tempo para enfrentar Carlisle, arrumar as malas e me despedir da família. Até senti uma repentina tontura, de tão pressionada que fiquei. 



– Bella? Tudo bem? Você ainda vai comigo? – Perguntou ele, acariciando meu rosto.


– Sim, vou! – Falei sem convicção. – Que hora pretende viajar?



– 15:30h. Posso comprar sua passagem pela manhã e te buscar em sua casa.

  

Jake roçou os lábios no meu pescoço e isso me fez perder a linha de raciocínio. Era a primeira vez que ele fazia aquilo, quase gritei de contentamento. 



Seus lábios estavam subindo pelo meu maxilar e a expectativa do beijo estava tornado-se quase insuportável. Foi aí que ouvimos alguém pigarrear. 


Virei-me abruptamente só para dar de cara com o mal educado do Edward. Pensei que o xingaria, mas a reação que eu tive surpreendeu a mim mesma. Fiquei extremamente constrangida, como se estivesse fazendo algo errado. 


Mas por que isso agora? 


Ok Bella! Você não deve explicações a esse babaca só porque quase o beijou na sala. Seu namorado é Jake Black, não esse... esse... aí, Deus, eu preciso de terapia!


Bufei, na tentativa de me convencer, mas não estava dando certo. Engoli em seco, tentando disfarçar o nervosismo. 


– Decidimos por ficar aqui até o dia amanhecer, é a única opção. Não falta muito, já que são quase 2:00h. – Ele pôs as mãos nos bolsos da calça, parecendo chateado. – Podem continuar o que estavam fazendo.– Falou, antes de sair. 


Encarei Jake e, em seguida, a porta da cozinha. 


– Vamos para a sala. Está quente aqui. – Ruborizei.

Enquanto atravessava a porta, tinha vontade de colocar minha cabeça em um vaso sanitário e apertar a descarga.



QUE PORRA EU ESTAVA FAZENDO?



Os rapazes e Alice conversavam, entediados, enquanto o Cullen permaneceu sozinho próximo a uma janela, encarando a rua com um olhar meio vazio. 



Qual era a dele, afinal? 


Disfarçadamente fui aproximando-me dele fingindo querer olhar através da janela também. 


– Er... será que Carlisle já chamou a SWAT? – Brinquei totalmente sem jeito.

– Não sei. – Respondeu seco. 


Por alguma razão, queria dizer a ele que nada tinha acontecido entre mim e seu amigo. Mas não encontrava palavras, muito menos coragem. Ajeitei minha roupa, já quase desistindo da conversa. 


– Eu ouvi o papo de vocês. – Edward estava indiferente.

Arregalei os olhos, espantada. Abri a boca para responder, mas minha voz simplesmente não saiu. 



– Carlisle não vai mesmo permitir que você viaje com Jake.
  

– Ele não manda em mim. Vou enfrentá-lo! – Consegui responder com muito esforço.


Edward deu de ombros como se não quisesse saber sobre o assunto. Aquilo me irritou profundamente. 


– Desisto. – Murmurou ficando de costas para mim. 


– Do que você está falando?


– Nada. – Rude, falou como se encerrasse a conversa. 


Tive vontade de socá-lo até não ter mais forças. Ele não podia simplesmente me virar as costas e ignorar, eu não havia acabado de falar. Me preparei pra descer o braço no maldito, quando o ouvi perguntar. 


– Namorar com Jake está sendo tudo aquilo que você esperava? 


– Não sei, sempre que tentamos dar o primeiro beijo, alguém aparece pra atrapalhar! – Disse-lhe, meio sem pensar, com a intenção de provocá-lo, mostrando-lhe o quanto ele foi inconveniente na cozinha.

– Espera aí! – Edward virou-se e me encarou confuso.


– Você não disse que já tinha beijado o otário?


ME FERREI!



Queria humilhá-lo e acabei humilhando a mim mesma, passando atestado de mentirosa. Deu uma vontade louca de costurar a boca.


– Er... bem... eu... – Ah droga, lá vinha a maldita gagueira. 


O cabelo ensebado gargalhou. 


– Você mentiu! – Acusou com sorriso torto. 


– Não! – Fiz careta. 


– Eu deveria te dar umas boas palmadas por isso.
  

– Ei! – Me fingi de ofendida, mas na verdade, não estava muito.



– Obrigado por ser burra e entregar a si mesma, o que disse faz toda diferença! – Edward ajeitou o colarinho da camisa, bem humorado.



– Do que você está falando, seu maluco? – Eu estava mesmo perdida no assunto.



– Você é muito lerda. – Ele colocou uma mão no meu ombro. – Mas ainda é o meu frango, e não vou desistir dele. – O Cullen afastou-se contente.


Poxa, porque ele continua me xingando de frango? Não achei graça da piadinha. O que ele quis dizer? Que vai continuar me atormentando a vida e inventando apelidos ridículos pra me humilhar? Ai saco, esse cara deveria vir com um manual. Talvez assim eu entendesse qual é a dele. 




Edward’s POV





Passamos meia hora bebendo tequila para fugir do tédio.


Se eu escutasse mais outra dica de como fugir da cadeia, me mataria! Pois os amigos de Emmett só falavam sobre isso. 


– Por favor, vamos jogar alguma coisa. Isso aqui está ficando chato. – Alice se manifestou. 


– Vamos jogar Strip Poker! – O Pavão levantou-se, com um sorriso de orelha a orelha. As garotas, claro, protestaram.


– Isso é jogo pra tarado! – Bella resmungou.



Como eu já estava “mamado”, resolvi provocar.


– Vocês são umas fracas. Já sabem que vão perder e, por isso, tiram o corpo fora. Eu sabia que vocês iriam arrumar alguma desculpa esfarrapada. 


– Também não estou muito a fim. Quase não tem mulher. – Emmett embalava o Toicinho nos braços. 


– E eu aqui? Preciso andar com um letreiro pendurado no pescoço? – Lógico que essa frase veio de Marius. – Quero curtir, amores! HU!... OHOHOHOHOHO.


Os colombianos sorriam maliciosos. Com certeza, já conheciam o jogo e estavam loucos para ver alguém pelado.

– Como mi falecido padre siempre hablava: Boi em terra de lossôtros, és vaca. – O Narco de lencinho na cabeça falou aquilo com um ar sábio.


Um segundo depois, desatou a gargalhar com seu conterrâneo. Nós nos limitamos a olhar para eles, sem entender nada! O que tinha a ver aquele ditado colombiano com nossa situação? Só Emmett que, mesmo sem entender, passava mal de tanto rir. 



– Essa foi boa, foi... boa, compadres!


– É, vamos jogar Strip Poker, vai ser interessante. – Jake piscou para Bella, que ruborizou.

Revirei os olhos, sabendo que ela aceitaria o desafio, só para não ficar pra trás. Tipicamente orgulhosa. 


– Eu só topo jogar se prometerem que não vão contar para o Jasper. Ele é certinho, não vai entender. – Alice até fez cara de inocente, mas não colava. Do jeito que ela era assanhada, devia estar louca pra ver todo mundo nu.

Por fim, Emmett concordou em participar. Afinal, bagunça era com ele mesmo.





(N/A: Ruth escreveu o trecho do Strip Poker, porque eu não faço idéia de como se joga Poker. Amoreco, modifiquei algumas coisas e adicionei algumas cenas, ok? Não me bate! Kkkkkkk. VOCÊ AJUDOU MUITO!)




– Eu posso dar as cartas, ser o Crupiê da rodada – A bichona frisou bem a palavra “dar”, enquanto piscava para meu irmão, que engoliu seco.


– Nada disso! Quem tirar a maior carta vai ser o Crupiê. –  Jake interpôs rapidamente, já se ajeitando na mesa. 


Foi aí que eu percebi a mesa redonda, típica de poker. Os dois hermanos narcotraficantes sorriram sorrateiros. Não queria nem imaginar de onde eles tiraram aquilo, ou furtaram.

Bella correu para sentar-se do lado do Jake. Marius... bem, o Marius sentou ao lado do bisonhento, que por sua vez, colocou o Toicinho no meio, em uma tentativa de manter distância. Alice ficou entre o boiola lunático e Jake. Quanto a mim, sentei entre os dois colombianos. De frente para a pirralha. 


Então, começou o apocalipse! 


– AAAAHHHHHHH! Tirei a maior carta, eu dou! – O pavão entrou em êxtase. Pelo visto, conhecia muito bem o jogo.
Geralmente, Strip Poker acaba com uma suruba total. Eu bem sabia disso. Afinal, sou universitário e as líderes de torcida amam jogar e... err... animar. 


– Antes de começar, vamos estipular as regras. – Interveio Alice, com um sorriso maior que ela.

– Certo! – Começou Jake. – As fichas serão as nossas peças de roupas, e vamos apostar uma peça por vez. – Marius fez uma careta, desgostoso. – Quem ganhar a rodada manterá a sua peça de roupa. Todo mundo sabe que Strip Poker não tem regras nas jogadas. – Jake deu uma risadinha sacana.


ESPERA! ESSA RISADINHA AÍ FOI PARA O MEU FRANGO?



– Mas tem uma regra fundamental que você esqueceu, Jake. – Adverti. – Independente de quem estiver ganhando ou perdendo, quem conseguir a Royal Straight Flush (Sequência Real), escolherá alguém do jogo e, então, esse ou essa ficará do jeito que veio ao mundo. – Pude ver Bella arregalar os olhos e o Marius em júbilo. 



Fato. A bichona conhecia muito bem o jogo. Era melhor o meu mano burro começar a rezar. 


O gay mais insano que já conheci começou a embaralhar e distribuir as cartas. Colocou na mesa o Flop, Turn e por último o River. Recorri apenas uma vez pra pegar uma carta posta na mesa. Eu estava muito bem. Um Full House na primeira rodada. Como eu sou foda! 


Pela minha visão periférica, vi Marius xingar baixinho. Já Emmett mantinha aquela expressão de que nem sabe onde está. Alice parecia pensando, Bella estava com os olhos semi-cerrados, a criatura achava que podia blefar!

Decidi acabar logo com a palhaçada. 


– Tenho um Full House e vocês me devem umas pecinhas de roupa! – Lancei meu melhor sorriso malicioso pra os derrotados. Pelo canto dos olhos, percebi que Emmett cerrava o punho.

– Eu não cantaria vitória antes da hora! – Black disse com a maior cara de alegria do mundo. – Tenho um Full House de 9 e, pelo visto, o teu Full House de 7 não é páreo para o meu! HAHAHAHA! – O maldito estava levando para o lado pessoal. – Agora eu que digo: Vocês me devem umas pecinhas!


FILHO DA MÃE!


Compadres e muchachas, não tirem las roupas ainda. Antes, quero colocar una canción para este momento especial. Nuestra homenaje para mi padre .– O esquisitão latino colocou a mão no peito expressando emoção, mas para mim ele estava era muito chapado. – Amigo, vá buscar mi padre.



Arregalamos os olhos assustados. Ia ter defunto? O homem estava mesmo morto? Em menos de 2 minutos, o de bigodinho voltou com uma urna colorida colocando-a no meio da mesa.


– Ótimo, era tudo que eu queria da vida! Jogar Strip Poker com narcotraficantes, um porco e cinzas de um colombiano. – Bella resmungou, pondo as mãos no rosto. 

Ela tinha razão! Cara, era sinistro demais! 



– Solicito un minuto de silencio, enquanto puesto la canción favorita de mi padrito, a música que tocou en su funeral. – O chapadão foi até o aparelho de som, enquanto ficávamos esperando a música mais fúnebre e brega possível começar a tocar. O demente ergueu uma dose de bebiba no ar e gritou. – PAPI, ESSA ÉS PARA TI!
  





PUTZ! LA BAMBA? E ISSO AINDA TOCOU NO FUNERAL?


Tentamos conter as gargalhadas em respeito ao momento do nosso amigo chapadão, mas era extremamente difícil.

Observamos ele enxugar uma lágrima. 


AHORA SI, VAMOS LA SACANAGEM! – Gritou o narcotraficante animado.

Eu tinha certeza que não ia esquecer aquela noite bizarra. 


Comecei tirando os sapatos, a anãzinha e a minha pirralha logo me imitaram. Os narcos fizeram o mesmo. Mas... ei! O viado já tirou a camisa? Pelo amor de Deus! 


– Emmett, o que você acha que esta fazendo?–  - Alice o repreendeu. 

Foi então que eu percebi que o animal estava tirando o bonezinho do Toicinho, como forma de pagamento. 



– Eu não vou ficar pelado diante dele. – O maluco apontou para o seu perseguidor afeminado, que sem camisa brincava com o peito magro e branco.


– Tá. Que seja, vamos logo jogar essa porcaria. – Swan falou impaciente.



Desta vez, o Crupiê foi o hermano de bigodinho, e agora eu não ia vacilar. Se o Jake achava que ia levar todas, estava muito enganado! Só eu podia tirar a roupa do meu frango!



A mesa estava silenciosa, notei que Marius mantinha um sorriso sacana na cara e, pelas cartas que ele pegou, provavelmente devia estar com um Full House. Os colombianos biriteiros estavam com uma cara engraçada, nem queria saber o que tinham na mão. Black pretendia blefar, mas, pelas minhas combinações, no máximo ele tinha uma High Card. Peguei a última carta.


– Creio que ninguém tem a competência de ter um Four Of Kind nas mãos! – Falei satisfeito enquanto via a raiva transpassar no rosto do meu amigo idiota. 


Eu tinha uma jogada de quatro 9 de cada naipe. Jake e o outro malandro de lencinho na cabeça, tinham uma High Card, como havia previsto. Marius porém, tinha uma Full House, a Alice só tinha fogo pra jogar, porque ela era tão competente quanto a pirralha e o bisonho. Este já tinha tirado a camisetinha camuflada do seu porco e me dado. 

No momento em que Jake tirou a camisa, Bella quase babou, literalmente, em cima dele. Deixei passar, eu sabia que era mais bonito mesmo. 



Uma coisa me chamou a atenção. Se eu tinha quatro 9, de onde o narco tirou aquele outro 9? 


Para a alegria geral, o jogo transcorreu regado a muita tequila e performances em cima da mesa. Preciso mesmo citar o nome do cidadão que estava na mesa rebolando em direção ao meu irmão numa interpretação grotesca de Cher, “Deusa dos gays.”?

O Emmett, para minha surpresa, provou ser um assíduo jogador de Strip Poker. Ganhou mais 3 partidas, embora fosse duvidoso, porque juro que o jogo começou com 52 cartas, agora deveria ter umas 60 ou mais. Eu já tinha bebido muitas, mas não era cego. 


Além do estado deplorável em que nos encontrávamos, eu, Jake e a meninas estávamos apenas com as roupas íntimas. Por sorte, Bella tentava cobrir-se com almofadas, era menos mal. Pois, se Black a olhasse com aquela cara de lobo mau querendo comer a chapeuzinho, eu iria furar os olhos do sujeito. A convivência forçada com os “foras da lei” latinos estava me deixando mais violento. 


Os narcotraficantes abraçavam-se cantarolando alguma música em espanhol. O suíno encrenqueiro era o único realmente pelado, já seu dono, surpreendeu a todos, mostrando-se esperto ao ficar apenas sem os sapatos e as meias. O cara estava praticamente todo vestido. O taradão purpurinado vestia uma minúscula cuequinha cor de rosa vibrante. Era arrepiante, juro que não quis olhar muito, mas aposto que aquilo era fio-dental. 


Fomos para a última rodada quase sem roupas e, totalmente sem vergonha, pois a bebida tinha nos pegado de jeito. A essa altura, já não importava de ficar pelado e dançar, ou fazer outra tatuagem maluca com meu frango. 


Quando eu peguei a última carta, todos ao mesmo tempo saltaram de suas cadeiras. O Pavão berrou de forma ensurdecedora, já fazendo uma dancinha esquisita. 


Sim, o lunático de fio dental tinha uma Royal Straight Flush (Sequência Real). Ele podia exigir que qualquer um ficasse totalmente pelado!


NESSA HORA, SE EU FOSSE O EMMETT ME PREPARAVA PRA CORRER!



– HU!... OHOHOHOHOH! – Ele ficou literalmente “louca”.


 Chacoalhava em volta da mesa, enquanto encarava meu mano com cara de cobiça. 


Não deu pra resistir, começamos a gritar:


– TIRA! TIRA! TIRA! TIRA! TIRA! TIRA! TIRA! 



Emmett entrou em pânico. Agarrou o Toicinho e implorou ajuda aos seus amigos mafiosos.



(N/A: Ruth, você arrasou! Obrigada. Agora deixa eu terminar essa bagunça.)



– Nem vem que não tem, não vou ficar pelado! – Emmett afastou-se da mesa.


– Se você não tirar a roupa, eu mesmo arranco ela de você! – Marius ameaçou, batendo o pé no chão, decidido. 


– Eu vou é descer o cacete nesse fresco, vou descer o cacete em todo mundo! – Meu mano pareceu falar sério. 


E isso nos fez gargalhar. 


– Eu quero meu prêmio, centímetro por centímetro dele! HU!... OHOHOHOHOHOH. – O viado ria descontroladamente.

– Não vou tirar porcaria de roupa nenhuma! – Meu mano retrucou, afastando-se da mesa. 

– Não é justo, todo mundo tirou a roupa e o bonzão aí vai ficar imune? – Bella reclamou. – Eu voto por tirarmos a roupa dele à força!



– Agora a chapeuzinho falou a minha língua. – A bichona abraçou a pirralha adorando a idéia. 


– Vocês não fariam isso... – O pobre estava era cavando a própria cova. 


Os jogadores à mesa, indignados por meu irmão ter enrolado o jogo inteiro tirando a roupa do porco ao invés da sua, queriam vingança. E, pela troca de olhares entre si, conseguiriam. 


– ATACAAAAR! – Marius berrou, incentivando os demais que gargalhavam, enquanto partiam pra cima do bisonho. 


Eu nem queria ver o estrago. Peguei a garrafa de tequila e coloquei uma dose pra mim tranqüilo, enquanto ouvia os gritos de “socorro”  vindo de Emmett. Quando terminei de beber, os meus companheiros de Strip Poker voltaram à mesa sorrindo, satisfeitos. Só aí decidi olhar para o lado, e lá estava um Emmettt totalmente pelado cobrindo “suas partes” com seu boné. 


– Cara, arrasou hein! – Zombei. 


– Mamãe vai ficar sabendo disso! – Melancólico, ele correu para a cozinha, com seu admirador em seu encalço, saltitando feliz. Logo, tratei de pegar minhas roupas e vesti-las, os demais fizeram o mesmo. 



Bella’s POV




Minha cabeça doía muito, a sonolência não me largava. O enjôo típico de ressaca dominava meu corpo. Me forcei a abrir os olhos, cansada. A primeira imagem que vi foi de Alice jogada em um pequeno sofá, segurando uma garrafa vazia de tequila. A Fofolete até babava, enquanto dormia profundamente. Não queria acreditar que ainda estávamos na casa dos narcotraficantes. Esfreguei o rosto para ter certeza de que estava acordada, afinal via Marius aninhado nos braços de um dos hermanos e, pior, eles estavam deitados em cima da mesa de poker.


CRUZES! Emmett, estirado no chão, roncava mais que o porco deitado em sua barriga. Ri baixinho, e foi nesse momento que percebi o braço em volta da minha cintura.

Tive medo de verificar quem era, afinal, podia ser o outro colombiano. 


Nota mental: Tequila + la bamba = MERDA. Nunca mais beber esse troço. 



A pessoa atrás de mim fungou no meu pescoço e murmurou algo que não entendi. Era isso, só podia ser o chapadão colombiano. 



EU QUERO MORRER!





(Continua...)

***
Próximo Capítulo Aqui!

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