terça-feira, 8 de março de 2011

Capítulo 6: BALADAS E CONFUSÕES

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Capítulo 6: Balada e Confusões


Edward’s POV

AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH – Gritei em desespero, sentindo todo o meu corpo pinicar como se estivesse sendo perfurado por agulhas minúsculas, fazendo-me ter uma coceira que jamais senti em toda a minha vida! Saí do quarto ao ouvir mais gritos e corri em direção a sala em busca de ajuda.

Pude, então, perceber que mais duas pessoas corriam atrás de mim com gemidos sem nexo!

Só quando cheguei na sala foi que percebi o que se passava atrás de mim.

– MEU DEUS! FAZ ISSO PARAAAAAAAAAAR! – Berrou Emmett, esfregando as costas na parede da sala e enterrando as unhas nos braços.

Fiquei surpreso com aquela cena. Afinal, eu e Emmett estávamos sentindo a mesma coceira insuportável?

– ME AJUDEM! – Gritou Jasper pulando e sacudindo o corpo inteiro. – ESTÁ COÇANDO MUITO!
 
– EU SEI CARA, NÃO ESTÁ VENDO QUE EU TAMBÉM ESTOU SENTIDO ESSA MALDITA COCEIRA? – Berrei atordoado por sentir minhas partes íntimas pinicarem.

Foi uma sensação horrível. Eu não estava suportando, ia coçar ali mesmo na frente dos meus irmãos, mas meu plano foi por água abaixo quando chegaram Bella e Alice, que vinham da sala de jantar. Esme, Carlisle e Rosalie desciam as escadas assustados com os gritos.

– O que está acontecendo? – Perguntou minha mãe apavorada com a cena.

Ferrou! Ia ter que suportar a coceira nas minhas partes íntimas. Me contorci o máximo que pude, tentando aliviar minha situação.

– MÃE, ME COÇA! – Implorou Emmett. Esme, confusa, lhe coçou as costas.

– Edward, será alguma alergia? – Perguntou Carlisle.

– EU NÃO SEI! PORQUE SÓ NÓS ESTAMOS COM COCEIRA? – Perguntei em vão, Carlisle não parecia saber a resposta.

Alice estava com uma cara estranha, como se fosse chorar a qualquer momento. Estávamos em um estado tão deplorável assim a ponto de fazer alguém chorar? Ou rir? Porque Bella estava quase ficando roxa por estar prendendo uma gargalhada que seus olhos arregalados não disfarçavam.
 
Eu me contorcia, Jasper pulava e Emmett se coçava nas paredes. Parece que sentimos a coceira se intensificar ao mesmo tempo, tornando-se insuportável.

– AAAAAAAAHHHHHHHH, EU NÃO AGUENTO! – Berrou Emmett, começando a tirar a camisa na frente de todos.

Era isso, só podiam ser as roupas! Porque só comecei a sentir a coceira dos infernos após ter me vestido.

– TIREM AS ROUPAS! – Gritei já tirando as minhas, meus irmãos me acompanharam e nossas roupas voavam pela sala enquanto tentávamos aliviar a sensação enlouquecedora que sentíamos.

Rosalie gargalhou. Me senti um idiota, estava vivendo o momento mais constrangedor da minha vida.

Estávamos só de boxers, mas a coceira persistia. Eu já estava ficando vermelho de tanto me coçar.

Foi muito estranho ver Carlisle tampando os olhos de Bella e Alice. O que era um pouco irônico, já que Bella, pouco tempo atrás, havia me visto completamente nú.

– NÃO ESTÁ ADIANTANDO! – Disse Jasper, vermelho que nem um tomate.

Ele tinha razão, a coceira não diminuiu. Emmett, em puro desespero, saiu correndo em direção ao jardim. Todos nós o seguimos só para vê-lo pulando na piscina. Minha mãe colocou a mão em seu peito, achei que ela fosse ter um infarto. Felizmente, Emmett gritou...

– PASSOU! PASSOU! A COCEIRA PASSOU!

Jasper e eu não perdemos tempo e também nos jogamos na piscina.

Pareceu um sonho quando a coceira sumiu, nunca me senti tão aliviado.

(...)

Eu estava pronto para descer pro jantar, quando esbarrei com meus irmãos no corredor. Nós chegamos a conclusão que algo nas roupas provocou o ataque de coceira e, por isso, todos nós agora vestíamos roupas emprestadas de Carlisle. Elas couberam perfeitamente em mim, mas não podia dizer o mesmo dos meus irmãos. As roupas ficaram largas demais em Jasper e extremamente justas em Emmett. Tenho que confessar, Emmett ficou muito engraçado com roupas tão apertadas.

Quando chegamos à sala, avistei Bella jogada no sofá, olhos fechados e Alice ao seu lado, lhe abanando com uma revista.

– O que ela tem? – Perguntou Jasper para Alice.
 
– Passou mal de rir. – Respondeu ela tristonha.

Me aproximei, e a fitei. Ela, imediatamente abriu os olhos e começou a gargalhar.

Fui direto para a sala de jantar bufando. Lógico que ela devia estar adorando aquela situação.

Passei o jantar inteiro com uma pergunta martelando em minha cabeça: o que causou a coceira? Eu não sabia, mas podia apostar que havia um dedo de Bella nisso, pois ela me encarava satisfeita. Bem, a palavra satisfeita não faz jus a expressão em seu rosto. Ela mais parecia está delirando de felicidade.

Todos esses pensamentos se esvaíram quando senti um pé roçando em minha perna por debaixo da mesa. Deixei escapar um sorriso ao perceber que Rosalie à minha frente era dona daquele pé.

ESSA NOITE ELA NÃO ME ESCAPA.

(...)

Nos dividimos em dois táxis. Os nossos veículos ainda não haviam chegado dos EUA. No primeiro táxi, fomos eu, Rosalie e Emmett. No outro, foram Bella, Alice e Jasper.

O Pazzo Club era muito popular em Verona. Estava lotado e quase não conseguimos entrar. Eu estava animado, a noite prometia surpresas agradáveis e não via a hora de tomar uma boa dose de vodka com soda. Rosalie, com sua simpatia, nos conseguiu uma mesa perto da pista de dança. Eu já havia percebido que ela era do tipo que sempre conseguia o que queria.

O DJ era muito bom, o som era contagiante e eu já estava louco para cair na pista de dança para liberar todo o estresse.

– DELÍCIAAA! – Gritou Emmett, virando duas doses de tequila.

– Vai com calma Emmett, não vamos exagerar. Carlisle deixou bem claro que somos responsáveis hoje por toda essa pirralhada. – Sussurrei no ouvido dele.

– Relaxa, Edward! Tudo sob controle. – Respondeu ele, sinalizando com o polegar para cima.

Rosalie continuava a me provocar com sorrisos maliciosos e olhares cheios de segundas intenções. O que vocês acham? Eu não conseguia entender como ela poderia ter ficado tão interessada em mim após o triste episódio da coceira.

– Vê se sorri um pouco, Bella! Essa sua cara de pitbull está espantando os gatinhos. – Pediu Alice. Eu quase ri preso no pensamento de que Bella espantava os homens com qualquer cara que ela fizesse.

Bella estava carrancuda novamente. Ao que parece, sua crise de riso havia ido embora completamente. Afinal, ela deveria estar mesmo odiando a nossa companhia. E pra falar a verdade, eu pouco me importava.

– VAMOS DANÇAR! – Gritou Rosalie para que todos entendessem, pois a música estava muito alta.

Nós, os Cullen e as garotas Swan, entornamos toda a bebida que havia nos copos, com exceção, lógico, da garota mais antipática do mundo: Isabella Swan.
 
Nos levantamos animados para nos esbaldar na pista de dança. Não sei porque dei atenção a isso, mas pela minha visão periférica, vi Alice tentando arrastar Bella para nos acompanhar.
Felizmente, a garota anormal se recusou e ficou lá, sozinha na mesa.

O DJ soltou o som de “Fatboy Slim, Rockafellar Skank”. Foi quando formamos um círculo e dançamos juntos. Me senti muito bem, e dancei sem constrangimentos. Mais uma vez não querendo me gabar, vou admitir: sou muito bom dançarino.

Pulamos, agitamos e curtimos por cerca de 40 minutos. Então, percebi que minha sorte começava a voltar quando uma música romântica começou a tocar, “Black Balloon,do The Goo Goo Dolls”.

Não perdi a chance de chamar Rosalie para dançar. Ela, prontamente aceitou e os outros dispersaram-se. Já não os podia ver, e nem queria, eu estava muito a fim de dar uns amassos em Rosalie.

Minha mão estava na cintura esbelta dela, seus braços em volta do meu pescoço. Não precisei aproximar meu corpo, ela mesma colou seu atraente corpo contra o meu. O clima estava aumentando, nossos corpos mexiam-se no mesmo ritmo. Rosalie me fitou com seus olhos castanhos em expectativa.

É agora! Pensei, aproximando meu rosto da minha nova “rainha da beleza”. Seus lábios vermelhos já esperavam os meus, entre abertos, então...

– Edward, temos uma emergência. – Disse Jasper apertando meu ombro.

PORRA, LOGO AGORA QUE EU IA ME DAR BEM?

Bufei ao sentir Jasper me arrastando pelo braço em direção ao banheiro masculino. Quando chegamos lá, não havia nada incomum, estava vazio.

– O que foi? – Perguntei chateado.

– É o Emmett, ele não quer sair daquele cubículo. – Respondeu meu irmão, apontando para o único cubículo fechado.

Eu podia ver os pés de Emmett. Então, bati na porta.

– Qual o problema, Emmett?
 
– EU NÃO QUERO MAIS SAIR DAQUI! – Gritou ele.

– Conta logo o motivo Emmett, eu estou ficando impaciente. – Disse Jasper aproximando o ouvido da porta.

– Minha calça rasgou na bunda. – Respondeu Emmett, num fio de voz.

Jasper e eu nos encaramos e as gargalhadas ecoaram pelo banheiro.

– O que? Como assim? – Perguntei ainda rindo.

– Eu fui paquerar uma garota no bar. Quando me sentei… a costura da calça apertada de Carlisle cedeu e minha bunda está quase todo à mostra.

Eu não podia aguentar, me curvei, quase passando mal de rir.

– Cara, sai daí pra nós vermos. Talvez não esteja tão ruim assim. – Interviu Jasper.

– Eu não quero, vocês vão rir mais ainda.

– Deixa de ser idiota Emmett, você não vai poder ficar aí para sempre. – Falei batendo novamente na porta.

– Nem pensar, eu não tenho mais coragem de sair daqui. E se continuarem rindo, eu juro que vou espancar vocês até a morte.

Não adiantou. Aquilo nos fez rir ainda mais.

Recuperei o fôlego e me obriguei a manter uma voz firme e altiva, na tentativa de acabar com a infantilidade do meu irmão mais velho.

– CARA, SAI LOGO DAÍ! SE NÃO SAIR, NÓS VAMOS ARROMBAR ESSA PORTA. DEIXA A GENTE VER SUA BUNDA! – Gritei.
 
Jasper pigarreou sério, gesticulando em direção à porta atrás de mim. Virei-me e me deparei com um senhor que, provavelmente, só ouviu a minha última frase. Ele parecia assustado.

– Oh, não, não… não é nada disso que o senhor está pensando! – Disse constrangido.

– Ele é nosso irmão, a gente só quer dar uma espiadinha! – Completou Jasper. Isso fez o senhor arregalar os olhos e sair quase correndo.

– GRANDE AJUDA, JASPER. VIU SÓ, EMMETT? AGORA VAMOS FICAR CONHECIDOS COMO OS TARADOS DO BANHEIRO. – Gritei chateado.

– Sai logo, não vou passar a noite toda aqui! – Reclamou Jasper.

– Vocês prometem não rir? – Perguntou ele, envergonhado.

– Prometemos.

Emmett saiu cabisbaixo do cubículo e, lentamente, virou-se para nos mostrar seu “pequeno acidente”.
 
O que posso dizer? Não era nada pequeno, era um rasgo enorme na bunda, deixando à mostra uma cueca com estampa de oncinha.

Jasper e eu nos encaramos. Sabíamos que iríamos apanhar de Emmett, mas a gargalhada foi impossível de controlar.

Demoramos cerca de um minuto para nos recuperar. Emmett continuava cabisbaixo.

– Tudo bem, tudo bem. Não é o fim do mundo. Eu tenho um plano. – Falei calmo, tentando contornar a situação.

– Que plano? Tirar toda a roupa dele e dizer que ele é um stripper com essa cueca de oncinha? – Brincou Jasper.

– Não. É o seguinte, Jasper, você vai no bar e traz uma garrafa de tequila e uns copos, Emmett bebe algumas doses, o suficiente pra ele ficar desinibido, daí podemos sair daqui. Afinal, já vi Emmett bêbado fazer coisas piores do que sair por aí com a calça rasgada. – Respondi, me sentindo um gênio.

– Vai funcionar! – Afirmou meu irmão mais novo já saindo do banheiro.

Encarei Emmett e não resisti a pergunta.

– Mano, pra que essa cuequinha de onça?
 
Ele já ia abrindo seu típico sorriso tarado, quando o interrompi…

– Deixa pra lá, eu prefiro nem saber!

Não demorou até que Jasper voltasse. Emmett esvaziava os copos de tequila que nós os servíamos.

– Ei, já que estou aqui enchendo a cara, vamos fazer um brinde? – Perguntou o bizonho do meu irmão.

Dei de ombros. Afinal, a noite não podia piorar. Nós enchemos três copinhos e os erguemos no ar.

– Um brinde a Itália. – Falou Jasper sorrindo.

– NÃO, UM BRINDE A BUNDA DE EMMETT! – Gritei brincando.

– Posso brindar a bunda também?

Olhamos surpresos o homem, ou melhor, a bicha vestida de rosa na porta do banheiro.

EU ESTAVA ENGANADO, A NOITE PODIA PIORAR.

(...)



Bella’s POV


Eu estava muito P... da vida. Não havia me conformado com o fato de Carlisle ter colocado o idiota do Edward como responsável por nós, como se eu precisasse de um responsável. Como se eu precisasse de proteção. Ridículo.

Todos haviam sumido na pista de dança. Eu estava entediada na mesa, bebendo minha cerveja como se fosse água, na tentativa de me anestesiar. Era um saco ficar vendo casais se esfregando na pista de dança. Qual era a graça afinal de ficar com caras que nem lembrariam seu nome no dia seguinte?

– Te deixaram sozinha, amore? Vi você chegando com um grupo de americanos.
 
Sobressaltei ao perceber um cara grande, careca e tatuado, sentando-se ao meu lado.

– Não estou a fim de companhia. – Respondi ranzinza.

– Tudo bem, percebi o lance entre você e a moreninha de cabelo espetado. Eu não me importo, curto uma lésbica. – Disse ele, tocando meu cabelo.

Porra! Vou ter que escrever na testa “não sou lésbica”?
Esse babaca só pode estar querendo apanhar.

– Cai fora, King Kong! – Falei, levantando-me para dar o fora, já perdendo a paciência. O palhaço segurou meu braço com força.
Avistei Alice e Rosalie a poucos metros de mim, pálidas, achando talvez, que eu não dava conta do grandalhão. Elas estavam enganadas.

– Vem cá, docinho, eu te acalmo.

DOCINHO? ELE ME CHAMOU DE DOCINHO?

Ele estava ferrado.

– Toma o docinho na cara! – Falei, socando-lhe com toda a minha força.

O King Kong gemeu, colocando as mãos no nariz. Só aí, vi mais quatro grandalhões mal encarados aproximando-se de nós.

Oops!

(...)



Edward’s POV


Emmett já estava bem zuado, e nós já podíamos sair do banheiro. Eu estava louco para retornar a minha dança com Rosalie, não queria mais momentos constrangedores naquela noite.

– Rápido! Precisamos de ajuda! – Gritou Alice adentrando no banheiro, aflita com Rosalie em seu encalço.
 
– O que foi? – Perguntou Jasper confuso.

– Anda, é a Bella! – Disse Rosalie alterada.

Corremos para fora do banheiro e, ao longe, já podíamos avistar Bella cercada por cinco homens grandalhões.

CARA, MAIS ESSA AGORA? DROGA DE NOITE!

Ela parecia os xingar, peitando-os como se fosse páreo para eles. Quem essa pirralha pensa que é? Uma vampira?

– Que vamos fazer? – Perguntou Jasper.

– Edward, pelo amor de Deus, faz alguma coisa. – Berrou Alice no meu ouvido.

– Tudo bem, eu vou resolver isso, fique aqui com Rosalie. Eu mesmo vou matar Bella. – Resmunguei para Alice indignado por saber que Bella havia aprontado.
 
Emmett, já alterado pela bebida, me acompanhou estalando o punho. Jasper parecia tranquilo.

– Com licença, qual o problema, senhores? – Perguntei, tentando ser amistoso.

– Não é da sua conta, sai fora, moleque! – Respondeu o homem careca me menosprezando.

– É, sai fora Cullen, eu dou conta desses King Kongs! – Gritou Bella.

A encarei, furioso. Que garota mal agradecida! Mas eu não podia deixar ela ali, Carlisle me responsabilizaria.

– Vamos embora! – Falei, puxando-a pelo braço, mas foi inútil, já que o grandalhão mantinha suas mãos no outro braço dela. Pela minha visão periférica, vi os homens que o acompanhavam, se posicionar como se fossem nos atacar.
 
– Aí, cara! Solta a menina! – Disse Emmett, e eu sabia que ele ia avançar no homem a qualquer momento.
 
– Ela vai ficar comigo, vocês são burros ou o que, seus americanos bichas?
 
AMERICANOS BICHAS? PERDI A NOITE MESMO, VOU CHUTAR O BALDE.

– VOU TE MOSTAR QUEM É BICHA! – Gritei lhe dando um gancho de esquerda.

A confusão estava armada.

Tudo aconteceu tão rápido que eu não conseguia assimilar todos os fatos. Socos e chutes foram trocados entre nós e eles, que estavam em vantagem numérica. Garrafas voaram e uma delas acertou minha cabeça, abrindo um pequeno corte. Emmett jogava um dos italianos contra uma mesa, Jasper se esquivava de um soco e eu juro que vi Bella pendurada nas costas de um cara, lhe batendo com uma garrafa. Peguei uma cadeira e acertei o sujeito careca prepotente que revidou, me dando um soco no estômago. Não sei de onde Emmett surgiu, mas o chutou entre as pernas. Dois idiotas agrediam Jasper. Me joguei em um deles e o espanquei com força. Ouvia ao longe os gritos de Rosalie e Alice que imploravam pra que parássemos. Ainda bem que elas não se meteram na confusão, ao contrário da insana da Bella que, mesmo pequenina, engatinhava no chão, fugindo das garrafas. Então, mordeu a perna de um cara que estava preste a me atirar uma cadeira.

Resultado da briga: eu, com corte na cabeça e vários hematomas. Emmett, com um olho roxo, calça rasgada e, agora também a camisa. Jasper, despenteado e com o lábio cortado. Bella, com um corte no braço e o supercílio ferido. Rosalie e Alice, com a maquiagem borrada de tanto que choraram, e todos nós jogados no chão da cela de uma delegacia qualquer de Verona.
 
Os grandalhões italianos também foram presos, mas os policias os colocaram em uma cela distante, já que eles eram mais barulhentos.

– Porque estão aqui, hermanos? – Perguntou o homem que aparentava ser latino ao meu lado, em uma mistura de nossa língua com espanhol. Ele vestia uma jaqueta velha de couro, uma calça frouxa e um lenço vermelho amarrado na cabeça. O cara ao lado dele, que usava um chapéu de cowboy sorriu simpático para mim. Ele também tinha uma fisionomia latina.

– Entramos numa briga! – Respondeu Emmett sorrindo. Ele era o único cara que eu conhecia que conseguia ficar feliz com uma briga.

– Oh, e vocês ganharam la lucha? – Perguntou o homem de chapéu.

– Acho que sim, pois os caras em que nós batemos ficaram bem piores que nós. – Respondeu Bella se intrometendo na conversa.

– E vocês, porque estão aqui? – Perguntei curioso.

Eles, os latinos, olharam-se e riram.
 
– Foi la danadita que nos colocou aqui. – Respondeu um deles, alisando o bigode.

La danadita? Será que posso conhecê-la? – Perguntou Emmett sorrindo. Deveria estar ainda sob o efeito da tequila.

Si, si, compadre. Quando todos nós sairmos daqui.

Fiquei confuso, ‘‘la danadita’’ não me parecia ser uma mulher.

Nosotros viemos de Colômbia e fuemos barrados en el aeropuerto quando acharam la danatida em la mala. – Falou o homem de lenço na cabeça.

Vi Bella e Jasper arregalaram os olhos pra mim, e eu já sabia o porque da reação deles.

NARCOTRAFICANTES. Constatei.

– Como ela coube dentro da mala? – Perguntou Emmett. O que eu podia fazer? Baixei a cabeça, lastimando por ter o irmão mais burro do mundo.

– Cullens e Swans, já podem sair, seus pais estão aqui. – Avisou o policial, abrindo a cela.

– Nós vamos nessa! – Falei, apertando as mãos dos colombianos, enquanto via as garotas Swan e Jasper sair rapidamente.

– Poxa, vocês são tão gente fina, meus hermanos! – Disse Emmett ainda bêbado, abraçando os narcotraficantes.

Eu o puxei pelo que sobrou da camisa, enquanto ele gritava melancólico.

– Eu encontro vocês compadres, quero conhecer la danadita.

EU MEREÇO?!

(...)

Estávamos todos cabisbaixos sentados à mesa de jantar. Me sentia constrangido naquele momento e parecia que eu não era o único. Minha mãe nos fitou tristonha.

– Fazem apenas alguns dias que estamos na Itália. Alguém pode me explicar como vocês já conseguiram ser presos? – Perguntou Carlisle altivo, com uma expressão incrédula.

Todos nós sabíamos de quem era a culpa e encaramos, furiosos, Bella.

– O que? – Perguntou ela confusa.


(Continua...)


***

Próximo Capítulo Aqui!

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